segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Violinos Capela

Stradivarius ou Capela!

"Luthier Capela, de Espinho para o mundo"

diz Luis Costa, num livro dedicado aos Capela um ícone local que chega ao mundo...




Começou em Espinho em 1924. Domingos Capela consertou o violino de Nicolino Milano músico italiano. A perfeição foi tal que nunca mais parou começando assim a construção dos Capela, em madeira de plátano...






Na cidade do Porto conheceu Guilhermina Suggia que o levou para o conservatório de Música do Porto. Ao seu cuidado ficaram os instrumentos de arco.



Nunca mais deixou de os construir na sua oficina no Largo da Igreja de Anta, em Espinho.



Quem o seguiu foi o filho António Capela, um artista como o pai; estudou em Paris e Mirecourt, em Itália, na cidade de Cremona, com bolsas da Fundação Calouste Gulbenkian. Este estudo permitiu-lhe aperfeiçoar a técnica de construção de violinos

Em 1963 no concurso de Liége, Bélgica, ganhou o primeiro prémio na categoria de sonoridade e o quarto na categoria “luthier”.


Em 1967, concorrendo com dois violinos, em Poznan na Polónia, obteve um 2.º e um 4.º prémio.


Em 1972, novamente em Poznan, onde concorreu com quatro violinos, ficou com os quatro primeiros lugares e as maiores pontuações de sonoridade e trabalho.

A Câmara Municipal de Espinho concedeu-lhe a Medalha de Prata de Mérito Artístico e em 1991, a Presidência do Conselho de Ministros, condecorou-o com a Medalha de Mérito Cultural, de valor artístico nacional e internacional.



Mais do que a minúcia empregue, António Capela atribui a preferência pelos violinos e violoncelos Capela à divisa "mais importante do que a componente comercial é o sentido de arte", a estratégia pode até não ser a mais rentável, "ou fabricamos instrumentos de qualidade para que sejam preferidos ou privilegia mos a rapidez e a qualidade ressente-se", justifica António Capela.


E depois veio o neto Joaquim Capela que construiu o seu primeiro violino aos 13 anos, tendo já alcançado vários prémios em concursos realizados na Itália, Polónia, Alemanha, Bulgária, e Japão, mantendo uma tradição familiar que já vai na terceira geração.





De Rostropovich a David Oistrach ou Yehudi Menuhin passando pelos portugueses Gerardo Ribeiro e Aníbal Lima, são alguns dos principais executantes mundiais que não dispensaram os instrumentos Capela de Espinho.






Enquanto o mais jovem elemento do clã Tiago Capela não decide o seu futuro,

a continuidade da actividade familiar parece assegurada para os próximos tempos, até porque António Capela, do alto dos seus 75 anos, garante que não quer sequer ouvir falar em reforma. Os amantes de violino agradecem.


Contacto:

Violinos Capela

Domingos Ferreira Capela

Rua S. Martinho, 713

4500-054 Anta

Telefone: 22 7340658 / Fax: 227342478

http://www.capelaportugal.pt/

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